Este blog foi criado para que o Clã 77, do Agrupamento 323 de Santa Eufémia de Prazins,
possa partilhar todas as caminhadas rumo ao Homem Novo

quinta-feira, novembro 23, 2006

Lamas de Mouro (Geres)

Nos dias 11 e 12 de Novembro, o clã realizou uma actividade com o objectivo de acolher os noviços no clã e ao mesmo tempo um "Adeus" aos membros do clã que vão fazer a sua partida no próximo mês de Fevereiro. Esta actividade realizou-se em plena serra do Gerês, mais propriamente em Lamas de Mouro.
Coloco algumas fotos que foi possivel captar durante as diversas, em breve serão colocadas mais fotos desta actividade.
































DRAVIM 2006 – DIA B - Vem dar cor à tua Base

A Base Nacional da IV iniciou mais um ano escutista com a comemoração do Dia da Base, este ano com uma nova denominação – Dravim 2006. Vem dar cor à tua Base, foi o apelo lançado e ao qual responderam mais de 200 Caminheiros e Dirigentes de todo o país que nos dias 30 de Setembro e 1 de Outubro se deslocaram à BNIV, na aldeia da Drave, para lhe darem uma nova cor, mas sobretudo para tornarem as suas vidas mais coloridas. Foram dois dias de alegria, de convívio, de partilha de experiências, de aprendizagem, de momentos reflexão pessoal, de crescimento pessoal, de Caminheirismo. Foi um festival de cultura draviana que esperamos ter contribuído para o desenvolvimento pessoal de cada um. Durante estes dois dias fomos surpreendidos por um convidado especial, por pessoas não escuteiras que com uma enorme entrega e amabilidade partilharam os seus conhecimentos, por um sol que aqueceu e iluminou todas as oficinas, por uma chuva tantas vezes teimosa mas que não conseguiu derrotar-nos e nos mostrou o quanto somos capazes de ultrapassar os obstáculos, pela beleza e magia da Drave, sempre presentes. Tudo dádivas de Deus, pequenos dons que nos ajudam a crescer e que nos fazem viver.



Na manhã do dia 30 de Setembro muitos foram aqueles que se deslocaram para a Drave, enquanto outros já lá se encontravam. O dia amanhecia com a vontade de fazer esquecer toda a chuva que tinha caído durante a noite e de tornar aquele dia muito quente em acções e emoções. À medida que se percorria o trilho em direcção à BNIV, a Drave enchia-nos o olhar e as palavras Dravim 2006 davam-nos as boas-vindas. No acolhimento cada um era marcado com o símbolo da BNIV na unha do seu polegar esquerdo e desafiado a fazer uma máscara para receber durante noite o convidado especial. Vem dar cor à tua Base ganhou sentido quando cada participante foi confrontado com um enorme puzzle, um puzzle da Drave inacabado e descolorido. Cada um foi convidado a tornar-se uma peça daquele puzzle e a dar-lhe cor. A BNIV é construída dia após dia com várias peças, com o contributo daqueles que ali se deslocam para lhe dar cor. Haverá sempre espaço para mais uma peça, será sempre um puzzle inacabado. Estará sempre pronta a receber um pouco mais de cor, mas ao darmos-lhe cor não ficaremos também nós muito mais coloridos? A tarde seria preenchida por várias oficinas, por isso durante a manhã decorreram as inscrições. Também estas eram peças do puzzle Dravim, peças cheias de aprendizagem, de alegria e muita cor. O restante período da manhã foi passado no Dravim playground no meio de gente de cara pintada e divertida, ao som de música circense e realizando vários jogos.








Após o almoço chegava a hora das oficinas. Teatro, Artes plásticas, Origami, Marionetas, Criatividade, Danças & Músicas do Mundo, Yoga, Tai Chi Chuan, Serigrafia, Artesanato Escutista, Gravuras, Escultura com Balões, Danças & Gritos Escutistas, Língua Gestual Portuguesa, Artes de Rua e Chiatsu ocuparam vários espaços da aldeia da Drave. Os Caminheiros e Dirigentes puderam participar em 2 a 3 oficinas. Foi uma tarde muito diversificada com momentos de aprendizagem, partilha, alegria, descoberta, criatividade e serenidade, um verdadeiro festival de cultura draviana. No final participantes e formadores transpareciam os bons momentos ali passados.Entretanto a noite caiu. Era tempo da Ceia Regional e do Arraial Popular. A eira iluminou-se e encheu-se de gente para o caldo verde, febras e as mais variadas iguarias regionais que cada um trouxe da sua terra. A música era popular e a hora era de festa. Foi neste momento que apareceu por detrás do fogo o convidado especial, seu nome Dravim. Quem é o Dravim? É a mascote da BNIV, o seu rosto é composto por uma montanha, dois cumes, uma vale e um sol, nas suas mãos duas varas bifurcadas tomam forma. O Dravim não é mais do que um símbolo da BNIV e dos seus ideais, do que ela deve representar para os Caminheiros. Dravim, se Caminheiro sou à Drave eu vim. Foi por isso que naquele momento foi pedido para que cada um colocasse a sua máscara. Essa máscara era a silhueta do próprio Dravim, simbolizava o compromisso de cada um ser Caminheiro e sobretudo, a sua vontade de não apagar as marcas do Caminheirismo da sua vida. A noite terminou com a oração da noite, momento em que todos fomos confrontados com imagens do dia que tinha passado, com imagens de outras actividades ali realizadas, de Caminheiros e Dirigentes que já deram o seu contributo à BNIV, com testemunhos daqueles que um dia decidiram dar um pouco de cor à Base. A noite terminou com a mensagem que temos de dar cor às nossas vidas e cada um recebeu uma pedra, igual a tantas outras que existem ali na Drave, mas colorida e com um número.


Um novo dia despertava. Era tempo de arrumar a mochila e desmontar a tenda. Mas antes de partir havia que fazer a avaliação e celebrar a eucaristia. A avaliação foi feita primeiro em equipas e depois partilhada em grupo com caras de Dravim sorridentes ou um pouco mais tristonhas. Na eucaristia esteve mais uma vez presente a mensagem da necessidade de colorirmos as nossas vidas. Como? Sendo leais a Deus e aos outros, colorindo a vida dos outros e de tudo aquilo que nos rodeia. Deus ajudar-nos-á e acompanhar-nos-á nessa tarefa. Assim seremos coloridos. E assim seremos felizes. Durante a oração dos fiéis cada um foi convocado a deixar a pedra que recebera na noite passada. Afinal cada pedra era uma peça do puzzle da Drave, cada um era uma peça daquele grande puzzle. O castanho da montanha e dos cumes, o azul do céu, o amarelo do sol e o vermelho da palavra Dravim. Cada um encaixou a sua pedra, a sua peça naquele puzzle. E no final? O que aconteceu a cada pedra? Cada Caminheiro ou Dirigente levou consigo uma pedra, não a sua mas sim uma outra com o compromisso de descobrir o seu dono, de cuidar dele, de se preocupar com ele e de lhe dar cor. Dá cor à tua Base, dá cor à vida do outro, dá cor à tua vida. Com esta mensagem e de mochila às costas todos partimos da Drave para o outro lado da montanha.
“http://drave.cne-escutismo.pt/pt/main.php?action=noticia_dravim2006”


Como se pode verificar pelas fotos, o nosso Clã esteve representado no DRAVIM 2006, depois de já ter participado no Dia da Base em 2003 e 2005.